Na manhã desta sexta-feira (24/9) ocorreu a plenária dos delegados do XI Congresso Nacional dos Engenheiros (Conse). No ensejo, foram aprovadas diversas moções e a carta do evento, em debate amplamente democrático. A atividade marcou o encerramento exitoso desta 11ª. edição, que teve início em 22 de setembro. Ao final dos trabalhos, foi apresentada a nova diretoria da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), eleita para o triênio 2022-2025, com a recondução de Murilo Pinheiro à Presidência.
Ele abriu a plenária com homenagem aos engenheiros Manuel José Vieira de Menezes, diretor da FNE, e Paulo Guimarães, diretor-geral da Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea. Assim, foi feito um minuto de silêncio.
Debate democrático
Na sequência, iniciaram-se os trabalhos. Murilo lembrou o momento difícil por que o País passa, em meio a crises sanitária, socioeconômica e política, e destacou: “A saída é através da tecnologia e da engenharia. Temos obrigação de discutir questões de interesse nacional e reafirmar nosso protagonismo. Para tanto, manter nossa engenharia unida, cuja articulação da área tecnológica provou sua importância ao desenvolvimento e crescimento do Brasil. Temos que perseguir cada vez mais essa união. Isso é fundamental.”
O presidente da entidade também fez breve balanço do XI Conse, realizado pela primeira vez de forma virtual em função da pandemia: “A participação foi muito além de que esperávamos. Discutimos energia e água, financiamento e representatividade do sindicalismo, em que pedimos que as centrais mostrassem o que está sendo feito na unidade de ação. Tivemos a presença do professor Marcelo Zuffo falando de 5G e tecnologias exponenciais, um cientista, um gênio que disse que quer estar ao nosso lado. Um ganho de qualidade. As pessoas ficaram até o final, e todas as falas foram propositivas, voltadas ao crescimento e à engenharia. Temos que entender a força e potência de nossa federação.”
Ele continuou: “Na abertura contamos com a presença de ministros e outros representantes do Executivo, além do Legislativo e Judiciário. Aos senadores Esperidião Amin (SC) e José Aníbal (SP), pedimos para levar à frente o projeto de lei relativo à implementação da carreira de Estado para engenheiros. Todos se comprometeram. Entendemos que esse é o caminho.”
Após sua fala, o diretor operacional da federação, Flávio Brízida, apresentou atualização no estatuto da entidade para incluir quatro novas diretorias de departamentos (assuntos estratégicos, relações jurídicas e legislação, ação social e cidadania, meio ambiente e sustentabilidade), de modo a garantir ainda mais eficiência à FNE, o que foi aprovado pela plenária por unanimidade.
Diretor de Relações Internas, José Luiz Bortoli Azambuja frisou a importância dessa alteração para conferir “mais agilidade ao trabalho da federação e recolher mais contribuições em áreas nas quais a engenharia é fundamental”. Também destacou que a atualização no estatuto deve representar avanço no acompanhamento de projetos de lei de interesse da categoria que tramitam no Congresso Nacional. “Travamos a batalha pela manutenção do salário mínimo profissional de forma muito competente e fomos vitoriosos. O esforço da engenharia unida demonstrou ser fundamental.”
Apresentação e aprovação de moções
Na sequência, foram apresentadas pelos delegados de Santa Catarina (Senge-SC), discutidas e aprovadas várias moções, como de repúdio à venda de ativos da Eletrobras, à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, relativa à chamada reforma administrativa, que acaba com a estabilidade do funcionalismo em detrimento da prestação de serviços públicos, e à Lei 14.026/2020, relativa ao novo marco legal de saneamento básico, que concede espaço privilegiado à iniciativa privada nas ações do setor.
Confira aqui as moções aprovadas.
A plenária trouxe ainda contribuições ao programa de gestão da nova diretoria, como empenho à implementação de Frentes Parlamentares de Engenharia nos estados, fortalecer o debate sobre a relação com o Sistema Confea/Crea e dar continuidade à realização de cursos online voltados à educação continuada e reciclagem tecnológica, além de sugestões de novas atividades sobre temas de interesse da categoria e fóruns de debate.
A importância de atualização do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, iniciativa da FNE que propugna por desenvolvimento nacional sustentável com inclusão social, também foi ressaltada no ensejo.
Ao final, Carlos Bastos Abraham, diretor administrativo da FNE e diretor financeiro do Senge-SC, fez a leitura da Carta do XI Conse. Após sua discussão e contribuições, o documento foi aprovado por unanimidade.
“Esta é a maior federação de classe do País e da América Latina. Obrigado a cada um dos participantes pelo excelente congresso. Quero afirmar minha alegria com o resultado. Com otimismo, determinação, vigor e coragem, vamos, cada vez mais, ampliar a participação de nossa entidade na vida nacional. Saúde, saúde e saúde”, concluiu, emocionado, Murilo Pinheiro.
Acesse aqui a Carta do XI Conse na íntegra.
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