O presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva SD-SP), classificou “inoportunas” e “delirantes” as propostas para a reforma trabalhista que vêm sendo divulgadas por membros do governo. A última, de formalizar a jornada de 12 horas diárias, foi revelada na quinta-feira pelo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, em seminário da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB Brasil).
— O governo precisa ter mais prudência na divulgação de medidas que estão sendo feitas de forma atabalhoada e fatiada, e que atrapalham o debate e o avanço nas negociações — diz o deputado Paulinho.
Segundo ele, quaisquer mudanças na legislação trabalhista e previdenciária devam ser amplamente discutidas com a sociedade e com os representantes dos trabalhadores, de forma democrática e transparente.
— É estranho e temerário tentar fazer reformas às pressas e na calada da noite — diz.
Na avaliação do dirigente da Força, as propostas vazadas até o momento revelam “uma colcha de retalhos, que nada têm a contribuir com a sociedade e com a governabilidade”.
— Ressaltamos que promover mudanças nas legislações previdenciária e trabalhista como parte do ajuste fiscal, aplicando medidas que só resultam em prejuízos para os trabalhadores, é uma forma perversa de fazer com que somente a classe trabalhadora pague a conta pelos desmandos e pelos frequentes erros dos últimos governos.
Paulinho afirma que os sindicatos não aceitarão oque chama de “ataque a direitos e conquistas” dos trabalhadores ao longo da História. Fonte: O Globo