O Confea esperou quase até o último momento possível para anunciar a suspensão das eleições no sistema, marcadas para o dia 15 de julho. A decisão judicial nesse sentido já era do mês passado mas, por motivos ainda inexplicados, o órgão silenciou, somente se manifestando e interrompendo o processo apenas 48 horas antes.
Com isso, é necessário registrar que desrespeitou uma classe inteira e não apenas os candidatos. Uma classe que já não consegue compreender porque as eleições ainda se processam de forma física, obrigando os inscritos a se dirigirem ao local para exercer seu direito de voto. Trata-se de um paradoxo que beira o ridículo, visto ser a engenharia uma das profissões mais conectadas à tecnologia do planeta.
Ao mesmo tempo, o Confea parece ignorar, com sua recente atitude, que vivemos uma pandemia, em cujo simples fato de sair de casa já representa um risco, mesmo assim adotado pela maioria, que não pode simplesmente deixar de trabalhar. Mas obrigar o engenheiro a votar de forma presencial, nada mais é do que submetê-lo a uma loteria cruel, simples descaso ou insistência em manter um estado de coisas por motivos para nós escusos.
A questão é que o Confea recebeu essa ordem judicial simplesmente porque não se adaptou – mesmo havendo tempo hábil desde o início do processo – para determinar eleições pela internet. Caso assim o fosse, hoje estaríamos votando de onde estivéssemos – pelo celular, computador, tablet – e escolhendo democraticamente nossos representantes que, quem sabe, pudessem ter uma visão mais larga e democrática e então sim mudar o quadro que vivemos em nosso órgão máximo.
Ao Senge-SC resta lamentar a falta de transparência, a irresponsabilidade e até mesmo a inação que o Confea mostra, com essa atitude rasa, de que não se importa e não respeita o próprio Sistema. Já passou da hora de mudar esses desmandos.
Por eleições on-line já.
Por mais democracia já.
Por mais transparência e respeito já!
A Diretoria