A enxurrada que atingiu o bairro Lagoa da Conceição, em Florianópolis, após o rompimento de uma lagoa de tratamento de esgoto completou um ano na terça-feira (25). Hoje, o clima na Servidão Luiz Manoel Duarte, que fica abaixo da lagoa rompida e teve ao menos 35 imóveis atingidos pela água que transbordou, é completamente diferente. Quase todas as casas foram reerguidas. Os moradores, por mais que não consigam esquecer aquele dia, se dizem aliviados e até mais seguros.
A confiança foi depositada em um muro de contenção, que começou a ser construído há cerca de um mês. Sete metros de altura que pretendem barrar qualquer outra possível tragédia. A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) quer entregar a obra até abril, mas atua para deixar pronto antes, até final de fevereiro.
Segundo a Casan, 95% dos processos de indenização foram concluídos. Quatro ainda estão sendo negociados. “A gente está fazendo trabalho psicológico com os moradores locais. Foi uma solicitação deles também, então a Casan vem contribuindo desta forma. Comunicação, a Casan está sempre comunicando os moradores do que está acontecendo ali”, afirmou a presidente da companhia, Roberta Maas dos Anjos.
Segundo Roberta Maas, o atendimento à população foi, e continua sendo, uma prioridade da companhia. Ela frisou que em janeiro do ano passado, poucos dias após o acidente, a Casan desembolsou adiantamento emergencial de até R$ 10 mil por família.
A diretora-presidente informou que foi depositado, em cota única, um salário mínimo regional de R$ 1.467 a cada adulto atingido, meio salário (R$ 733,50) por adolescente e ¼ (R$ 366,75) por criança para o ressarcimento de despesas extraordinárias de primeira necessidade.